terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

GUIA DE CARREIRAS: HISTÓRIA 

Bacharelado ou Licenciatura em História? Você sabe qual a diferença quando escolhe esta carreira no Vestibular?  Que tal descobrir a resposta para este questionamento no texto abaixo? 

Fonte: G1




Quem somos nós? E para onde vamos? Talvez, analisando de um jeito bem simples, é a estas perguntas que um historiador pretende responder. Esse profissional estuda as implicações do passado no presente e novas formas de escrever o futuro. E os especialistas afirmam que para fazer o curso de história é preciso muita paixão pelo conhecimento. 

A faculdade de história, mais do que qualquer coisa, exige paciência e disciplina com os livros. “O gosto pela leitura é uma condição para fazer a faculdade”, afirma a coordenadora do curso na Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), no Rio Grande do Sul, Doracina Alves Campos Sosa. “Percebemos que nossos alunos são muito exigidos em termo de leitura. Carregam muitos livros embaixo do braço”, brinca a professora. 


Mas, segundo ela, quem vai para a história tem de ter interesse por descobrir coisas; ser curioso na investigação, no reconhecimento do passado, e nas ligações entre o passado e o presente. Em resumo, o estudante tem de ser criterioso e crítico para não aceitar qualquer explicação sobre os rumos da sociedade.


Há que se ter ainda um certo gosto pela educação, pois grande parte dos profissionais acaba se destinando a lecionar em escolas de ensino fundamental e médio. 




Cursos

Como a docência é que abre mais postos de trabalho, existem no país, segundo dados de 2005 do Ministério da Educação (MEC), 346 cursos para a formação de professores de história e outros 91 para a graduação de bacharéis. 


A diferença básica entre os dois tipos é que, para lecionar no ensino fundamental e médio, é preciso obter o título de licenciado em história. Já para a pesquisa científica ou lecionar nas universidades, é preciso obter o título de bacharel em história. 



Muitas instituições oferecem os dois tipos de curso, e basta ao estudante complementar os estudos para obter os dois títulos. Mas nem sempre é assim. Por isso, na hora de escolher a faculdade, vale ficar de olho na modalidade oferecida.


Há ainda outros aspectos importantes na hora de escolher o curso. “É fundamental observar a formação do corpo docente: a qualificação, a produção, a inserção na área”, afirma o presidente da Associação Nacional de História (Anpuh), Manoel Luiz Salgado Guimarães. “O capital humano será o fundamental para a boa formação do profissional e deve orientar sua escolha pela universidade”. O site do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), permite conhecer o currículo dos docentes. 


O tempo de graduação, de acordo com uma resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) deve ser de, no mínimo três ou quatro anos. O currículo, em geral, é composto por disciplinas como história do Brasil, da América, teoria da história, história das idéias, antropologia, história da arte. 




Quem quer ser historiador

O perfil dos ingressantes, segundo o vice-chefe do departamento de história da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Napolitano, é bem variado. “Existem expectativas de ordem política, para ‘conhecer as sociedades humanas e seus conflitos’; motivações ligadas à busca de cultura histórica geral; expectativas ligadas ao gosto pelo patrimônio cultural da humanidade e pelas sociedades distantes no tempo”, diz. 


“E também é comum alunos que já possuem alguma formação superior, por exemplo, economistas, advogados ou jornalistas, que buscam o curso de história para aumentar sua cultura humanística”, afirma.


Campo de trabalho da história começa a se diversificar

Patrimônio histórico e meio ambiente são novas áreas de trabalho

Boa parte dos historiadores pode ser encontrada nas escolas de nível fundamental, médio ou superior. Mas o mercado começa a abrir novas portas para o profissional. As novas opções são ONGs que cuidam do resgate da memória, instituições públicas de preservação do patrimônio, arquivos e museus. 

Foto: Reprodução

Mapa antigo do Brasil traz desenhos (Foto: Reprodução)
“E a área de pesquisa, ainda que não seja imensa, cresceu bastante em virtude do enorme aumento dos cursos de pós-graduação espalhados por todo o Brasil”, afirma o presidente da Associação Nacional de História (Anpuh), Manoel Luiz Salgado Guimarães. E também há novos postos de trabalho em setores administrativos de órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 


Outra área que pode virar objeto de estudo e campo de trabalho para o historiador é a educação ambiental. Na Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg), o bacharelado vai passar por uma reformulação para que o profissional consiga se inserir nesse mercado. “Não é só de arquivos que o historiador vive. As reservas ecológicas, os jardins botânicos, são todos imbuídos de história”, afirma a coordenadora do curso da Furg, Derocina Alves Campos Sosa. 



O mestrando André Luiz Portanova Labordie, 25, acabou seguindo por essa área. Ele estuda como uma comunidade Hare Krishna lida com o meio ambiente. “A comunidade percebe o ser humano como parte do ambiente. A educação ambiental, envolve os aspectos históricos, antropológicos, sociológicos”, diz. Mesmo com essa pesquisa mais prática e de relato, ele não descarta a docência. 

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